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Comunicativa
Por Tamara Leal, Juliana Vital e Grecy Andrade
23/05/2024
18:24
Os desafios do relacionamento com a imprensa no interior da Bahia

Motivado pela valorização local, cultural, social, econômica e política, o cenário da comunicação no interior da Bahia mudou, substancialmente, nas últimas décadas. As grandes emissoras, por meio das suas afiliadas, regionalizaram a comunicação e contribuíram com a mudança na produção, consumo da notícia e redefiniram o mercado publicitário.  
Já com o surgimento da Internet e a ampliação do seu acesso, houve um significativo aumento do número de veículos de imprensa no interior - blogs, sites, rádios e TVs Web, podcast, dentre outros. Desta forma, o interior passou a se conhecer melhor e, assim, cresce a necessidade de ser visto para além dos seus limites geográficos.  
O aumento de veículos de comunicação no interior abriu espaço para outro mercado, o das assessorias de imprensa que, inicialmente, atendiam apenas Prefeituras, Câmaras e agentes políticos. Hoje, no entanto, é comum que empresas dos mais variados segmentos – educação, mineração, instituições financeiras, dentre outros – tenham assessoria de imprensa própria ou via empresa especializada. Se o interior faz parte do plano de expansão dessas marcas, a comunicação precisa acompanhar esse movimento.  
Mas como trabalhar com a imprensa do interior? Quais os desafios? Quais suas principais características?  
Primeiro, precisamos conhecer esses veículos, levando em consideração que a maioria tem equipes pequenas, muitas vezes com formação prática e, em muitos casos, reproduzem notícias dos grandes portais.  Essa realidade pode dificultar ou facilitar o nosso trabalho. E o que vai definir o sucesso ou insucesso é a maneira como dominamos a cultura local e nos relacionamos com os veículos. 
Em nosso trabalho no interior da Bahia, especialmente nos municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Brumado, Guanambi, Irecê, Jacobina, Senhor do Bonfim, Tucano e Paripiranga, a Comunicativa mantém uma relação de parceria e proximidade com os veículos, atuando com profissionais locais e com experiência de mercado. A postura requer mais tempo, visão estratégica, produção mais abrangente e em formatos diversificados de conteúdos, se conectando mais com a experiência da função dos próprios jornalistas dentro dos veículos, mas abre portas e é indispensável para um trabalho produtivo e de qualidade.  
Quando se trata de cidades do interior, o rádio se faz ainda mais relevante na rotina da população em alcance e influência do seu conteúdo, permanecendo uma cultura forte entre os moradores. Em muitas cidades, os perfis de programa variam, sendo cada vez mais presente o formato terceirizado, com programas que seguem uma linha editorial e principalmente comercial independente do veículo em que estão sendo transmitidos. 
Isso torna o trabalho de relacionamento ainda mais relevante, desafiando a dinâmica da assessoria de imprensa para um patamar mais especializado e próximo. O olhar sobre a cultura local e uma boa análise caso a caso, são fundamentais para a escolha de espaços que dialoguem com a marca do cliente. Manter a presença da marca em espaços de qualidade e boa audiência, para além do trabalho de oferta de bons conteúdos, vai depender muitas vezes também da presença de um profissional local (ter a presença e conhecimento da cultura local) para estabelecer um vínculo entre o assessor e os produtores do programa ou veículo.  
Em menor proporção, mas não diferente nos desafios, as estratégias de relacionamento e de oferta de conteúdo com as redes de televisão não são diferentes. Além das estratégias de comunicação tradicionais - envio de releases, conteúdo exclusivos e entrevistas como fonte principal ou secundária -, nos aproximamos, ainda mais, quando passamos a auxiliar os produtores da TV em situação fora do nosso escopo habitual como assessoria de comunicação, tal como, a indicação de pessoas (fontes) da comunidade para matérias diversas, e apoio para pensar na melhor abordagem daquele tema. Tudo de forma transparente, mas sempre próxima.   
  
Esses desafios exigem que os assessores de imprensa estejam sempre se atualizando e se adaptando às mudanças no cenário da comunicação, lançando mão de novos formatos de produção e oferta de conteúdo, como por exemplo, o uso de áudios editados ou brutos para inserção em rádio. Ou o envio de sugestões de pauta já com perguntas e respostas. Muitas vezes também é preciso optar por pautas mais explicativas, como o viés do “você sabia? Sabe por quê?”. 
 
Enfim, nesses mais de 30 anos de existência, a Comunicativa tem aprimorado suas ferramentas, seus procedimentos, inserido tecnologia nesses processos, mas sem perder de vista o principal: comunicação ainda é sobre contar histórias de pessoas para pessoas. E as pessoas precisam se reconhecer nessas narrativas, ainda mais em se tratando de um grande Estado nordestino como a Bahia, onde a sua diversidade cultural exige uma atuação mais presente do profissional de comunicação, alinhada com cada região, impactando na qualidade e na abrangência da informação disponível para a população local.   
 

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