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Projetos mantidos pelo Instituto Ayrton Senna em Salvador transformam a vida de estudantes
10h00

Projetos mantidos pelo Instituto Ayrton Senna em Salvador transformam a vida de estudantes

Iniciativas recebem apoio através do valor arrecadado durante o McDia Feliz, que acontece em 24 de agosto

Lauro da Cruz almeja ser advogado ou administrador de empresas. Esse desejo veio após uma longa trajetória de superação. Até os onze anos de idade, ele não tinha sido alfabetizado. Isso mudou quando ele começou a participar dos projetos ‘Se Liga’ e ‘Acelera Brasil’, ambos mantidos pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) em escolas públicas da Bahia. As iniciativas são voltadas a alfabetização e aceleração do aprendizado de estudantes baianos e já beneficiaram cerca de 378 mil crianças em todo o estado.

 

Com a chegada de mais um McDia Feliz, que esse ano acontece no dia 24 de agosto, a Arcos Dorados, maior franquia do McDonald's no mundo, renova o compromisso em apoiar os projetos. A partir de 2018, o McDia Feliz ampliou seu impacto social e passou a beneficiar também a educação. Desde então, mais de R$ 24 milhões do total arrecadado durante o McDia Feliz foram doados ao Instituto Ayrton Senna e ao Instituto Ronald McDonald.

 

A evolução nos estudos proporcionada pelos projetos permitiu a Lauro ressignificar as condições sociais. Aos nove anos, ele descobriu a morte do pai através de um noticiário na televisão, além de presenciar a casa onde vivia com a família desabar em decorrência da chuva. Após o ocorrido, mudaram-se para um imóvel do programa Minha Casa Minha Vida, na favela Bate Facho no bairro do Imbuí. Ali ele começou a estudar na escola municipal Julieta Calmon, na Boca do Rio, onde os programas de alfabetização e aceleração deram a oportunidade de Lauro aprender a ler, escrever e ficar fascinado por porcentagem e cálculos.

 

Toda essa trajetória foi acompanhada de perto pela professora do Acelera Brasil, Leonísia da Rocha. Através da iniciativa dela, Lauro conseguiu uma bolsa de estudos e hoje estuda em uma escola particular na capital baiana. De forma semelhante ao estudante, a superação também faz parte da história da professora. Leonísia já passou fome, catou resto de feira para comer, vendeu pipoca e queijo na praia pra ajudar a mãe que, por sua vez, vendia acarajé.

 

Dentro do programa Acelera Brasil, Leonísia já esteve à frente de quinze crianças repetentes, entre 12 e 14 anos, algumas sem reconhecer as cores. Nas famílias, havia casos de prostituição, espancamento, alcoolismo, uso de drogas, homicídios e violência de gênero. A educadora, além de ensinar, foi psicóloga, médica, mediadora de conflitos e merendeira. No ano passado, quatorze alunos de Leonísia foram aprovados para os 6º e 7º anos.

 

Sobre os projetos

Por meio do apoio as Secretarias de Educação, no campo da gestão e da formação integral de educadores, o Acelera Brasil promove a recuperação da aprendizagem de alunos com distorção idade-série matriculados do 3º ao 5º ano do ensino fundamental. Ao participarem da proposta, os alunos aprendem o suficiente para saltar até dois anos escolares, ao mesmo tempo em que resgatam sua autoestima e desenvolvem outros aspectos socioemocionais.

 

Já o Se Liga surgiu em função da necessidade de atender uma grande parcela de alunos com distorção idade-série que cursavam a solução educacional Acelera Brasil, mas não conseguiam acompanhar o programa pois não sabiam ler e escrever.  A partir disso, consagrou-se como um programa de alfabetização que leva às escolas uma dinâmica escolar pautada na educação integral do aluno, na qual ele é estimulado não apenas em suas capacidades cognitivas, mas também nas habilidades socioemocionais. Em 2009, o MEC incluiu o Se Liga no Guia de Tecnologias Educacionais, uma seleção de programas inovadores que promovem educação de qualidade nas diversas etapas da educação básica.

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