Após meses suspensos, muitos serviços começam a trilhar novos caminhos a partir de agora, entre eles o setor de eventos. Ainda em 2013, a pesquisa Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil apontava este setor como responsável por 4,3% do PIB e por 7,5 milhões de empregos diretos, indiretos e terceirizados. Com a impossibilidade da realização de reuniões de grande porte, Alisson Sobral, Diretor de Eventos da Associação de Jovens Empreendedores da Bahia, explica quais são tendências para o futuro do ramo.
“Primeiramente é preciso dizer que os eventos híbridos já existiam, mas eram considerados menos importantes ou relevantes que os presenciais. A pandemia nos forçou a experimentar essa possibilidade e acredito que é um caminho sem volta”, avalia. Para ele, é impossível a ocorrência de eventos exclusivamente presenciais, especialmente quando se trata daqueles que visam transmissão de conteúdo e geração de negócios, como é o caso de congressos e feiras.
Os eventos virtuais – ou híbridos – possibilitam um alcance muito maior e um investimento menor, com possibilidade de inscrição mais acessível. “Um congresso que antes tinha 300 pessoas, presencialmente, este ano teve a participação de 4 mil”, exemplifica Alisson. O que é diferente dos eventos de entretenimento, que possuem maior foco na experiência.
Lead mais Motivado
Em sua opinião, a pandemia acelerou em dez anos as mudanças que precisariam acontecer no setor de eventos. As possibilidades ocasionadas por ela podem ser vistas de maneira positiva em relação a alguns aspectos, como o ganho de produtividade com a otimização das videoconferências e diminuição de tempo em deslocamentos para reuniões.
Além disso, há a geração de um lead mais qualificado, o que torna o evento presencial algo mais exclusivo. “Não pela ideia de marginalizar as pessoas, mas de um maior engajamento. Se eu vou pra um evento presencial é porque, de fato, eu preciso estar ali. Há uma intenção em gerar negócio”, acredita Alisson.
Adaptações
Alisson Sobral ainda afirma que toda a cadeia de eventos foi impactada e para se manter ativo é preciso se reinventar. “Uma empresa que montavam 60 estandes para um evento presencial, agora monta um cenário que pode servir para várias lives. Hotéis estão convertendo o espaço de eventos em estúdio, transformando quartos em escritórios. Há possibilidades, mas certamente alguns ramos serão mais impactados”, reflete.
Se reinventar nem sempre quer dizer que há necessidade de mudar completamente de atividade, mas explorar possibilidades dentro do seu próprio negócio, como foi o caso de Luciana Bahia, proprietária da Majestik. “Minha empresa fornece serviços para solenidades de formatura e fotografia, então o que fiz foi criar soluções para diminuir o impacto da crise e conseguir alguma receita”, conta.
As estratégias utilizadas por Luciana envolveram aproveitar o serviço de fotografia que ela já fornecia, realizando promoções e ofertas exclusivas para quem fechasse o pacote da formatura. Para ela, a pandemia também foi o momento de colocar em prática uma ideia que estava no papel. “Começamos um novo projeto que são viagens de formatura. Fizemos uma parceria com uma agência de turismo e a longo prazo eu espero estar mais envolvida com as viagens do que com as festas”, afirma.
Ainda segundo ela, foi preciso aprimorar os procedimentos realizados pela equipe. “Elaboramos tutoriais, fizemos uma gestão de processos internos que otimizou o nosso trabalho. Também investimos no nosso marketing e aproveitamos o momento para alavancar as vendas para o retorno”, explica.
Futuro
Mesmo com grande expectativa geral para a vacina conta o Covid-19, Alisson garante que os eventos presenciais não retornarão nos moldes anteriores. “Vamos passar por um processo ainda durante 2021 em que teremos que cumprir todos os protocolos de saúde que estão sendo pensados para agora: medição de temperatura, distanciamento social, higienização etc. Fala-se muito novo normal, mas ele ainda vai demorar até que boa parte da população consiga ser vacinada”, julga.
Sobre as iniciativas que estão surgindo mundialmente, como shows com distanciamento social, ele acredita que muitas podem ser inviabilizadas pelo fator financeiro. “Algumas são viáveis porque a experiência é compatível com o investimento. O desafio é trazer soluções seguras sanitariamente e que tenham um valor financeiro viável”, pondera.
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LUIZA RIBEIRO / LUANA SILVA
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