Com o intuito de promover a inclusão através de atividades voltadas para saúde, bem-estar, e representação do corpo, a quarta edição do Literart, iniciativa criada pela Associação Cultural Brasil – Estados Unidos (ACBEU), realizará oficinas e experiências voltadas para toda comunidade. O evento não solicita inscrição prévia e acontece no dia 18 de novembro, sábado, das 9h às 13h, no Makerspace da ACBEU, localizado na Av. Prof. Magalhães Neto, 1520 - Pituba.
Dentre as atividades oferecidas, está a oficina de Yoga do Riso que será ministrada por Eliene de Jesus, professora de Ioga do Riso pela Laughter Yoga Internacional. Descrita como uma técnica que combina exercícios corporais lúdicos com auxílio de exercícios respiratórios, a Yoga do riso promove o fortalecimento do sistema imunológico do corpo, auxiliando na manutenção da saúde. Melhora o humor instantaneamente, através da liberação dos neurotransmissores, responsáveis pelo nosso estado de bem-estar e felicidade, além de aumentar os níveis de energia cerebral.
“Yoga do riso é vivenciar os benefícios do riso exercitado. É uma prática de autocuidado que contribui para o autoconhecimento. Portanto, Faça do seu sorriso o seu maior estímulo para seguir em frente todos os dias”, recomenda Eliene de Jesus.
Os participantes do Literart também poderão aproveitar um tempo de massoterapia com os profissionais da Massagem às cegas: rompendo paradigmas, uma empresa composta, exclusivamente, por massoterapeutas cegos ou com baixa visão. Cláudia Lima, fundadora da iniciativa, descreve a experiência como uma ferramenta de autocuidado que proporciona saúde, bem-estar e leveza, além de trabalhar a inclusão social e a economia solidária.
Moradora de Salvador, mãe, professora e esteticista, Claudia relata que perdeu a visão aos 22 anos e descreve como a massoterapia a tem ajudado na luta contra o capacitismo. “É satisfatório poder cuidar e ser útil para outras pessoas. Isso mostra que nós, pessoas cegas, somos capazes e isso vai além do assistencialismo e capacitismo. Também combate preconceitos e o medo que as pessoas têm da deficiência”, afirma a empresária.
Ainda de olho na promoção da inclusão, o evento também contará com uma oficina de arte em papel machê intitulada “Para fluir: eu sou assim e estou aqui”. Além de da exposição “Bonecas Dissidentes”, uma série de esculturas criadas pelo artista Will Carvajal, que representam o corpo como um território inacabado, transitório, volátil, maleável, moldável e fluido.
Formado em Serviço Social pela Universidade de Antioquia, em Medillín - Colômbia, Carvajal desenvolve um trabalho como Artivista, no qual, investiga a violência vivenciada por pessoas trans, não-binárias e, a partir de seus cotidianos, apresenta as bonecas Dissidentes.
“Essa oficina celebra a pluralidade das possíveis performances dos corpos, transforma a paisagem e instala outras imagens e atos alternativos, que ampliam os limites do que é possível físico e socialmente. Dessa forma, exalta a visibilidade do corpo dissidente contemporâneo como projeto político”, finaliza Will Carvajal.