Com a chegada da estação mais fria do ano, é possível observar um aumento considerável no número de doenças no trato respiratório. Gripes e resfriados tornam-se mais frequentes devido à queda das temperaturas juntamente com o clima seco e a baixa umidade característicos do inverno.
Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia apontam que cerca de 20% dos brasileiros sofrem com algum tipo de doença respiratória agravada pelo frio, a exemplo das gripes e resfriados, crises de asma, rinite alérgica, bronquite, sinusite e pneumonia. A Pneumologista e Coordenadora da Medicina Respiratória do Hospital Mater Dei Salvador, Fernanda Aguiar, aponta que esses quadros clínicos podem ser agravados com a chegada dos meses com as temperaturas mais baixas.
“Boa parte dos quadros respiratórios causados por vírus são autolimitados, ou seja, saram espontaneamente após alguns dias, além de serem de baixa gravidade, embora causem bastante incômodo e mal-estar. Já outras podem ser mais graves, comprometendo mais a saúde em geral e necessitando de tratamentos específicos e maiores cuidados”, esclarece a especialista.
Fernanda Aguiar destaca que os meses de abril a setembro marcam um período sazonal com maior circulação de vírus respiratórios no país. Fatores como a tendência ao confinamento em ambientes fechados e a realização de eventos típicos, como os festejos juninos no Nordeste, contribuem para a disseminação das infecções respiratórias.
“No nosso estado, não podemos esquecer que é um período de festas juninas, onde existe também maior exposição a fumaça decorrente das fogueiras e queima de fogos de artifício, o que é um problema principalmente para quem tem alguma doença pulmonar crônica como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Outros fatores, como a sazonalidade dos vírus e as mudanças frequentes de temperatura, também explicam o aumento das ocorrências”, aponta a pneumologista.
Geralmente, a transmissão dessas doenças acontece principalmente pelo contato com secreções ou por meio de gotículas expelidas ao tossir e espirrar, e os espaços fechados facilitam a contaminação, ocasionada pela alta infectividade desses vírus.
Sintomas
Dentre os sintomas mais comuns de resfriados e gripes estão a coriza e espirros frequentes, tosse seca ou com secreção e, no caso de infecções respiratórias, pode ocorrer febre, dor no corpo e mal-estar geral. Já as crises de asma, que podem ocorrer com mais frequência no inverno, apresentam-se com falta de ar e chiado no peito.
Fernanda Aguiar ressalta que é fundamental estar atento a sinais de perigo e, na persistência desses sintomas, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação mais completa.
Tratamentos e prevenção
O tratamento dessas doenças envolve, principalmente, medidas de suporte e alívio dos sintomas. Em casos de gripe ou COVID-19, antivirais específicos podem ser prescritos por um médico, dependendo da gravidade e do tempo de evolução dos sintomas. Durante o tratamento das doenças respiratórias, recomenda-se higiene das mãos frequente, evitar contato próximo com pessoas sintomáticas, além de manter uma boa saúde respiratória. Cuidados como hidratação adequada, alimentação saudável e repouso também são fundamentais.
“Se você estiver doente ou apresentar algum sintoma de doenças respiratórias, o ideal é ficar em casa, a fim de evitar a contaminação de outras pessoas. Além disso, caso seja diagnosticado com alguma doença respiratória, não se esqueça de manter sua medicação de forma regular”, alerta a Coordenadora da Medicina Respiratória do Hospital Mater Dei Salvador.
Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2022, menos de 70% da população brasileira havia se vacinado contra o vírus da influenza, o maior causador da gripe e de outras doenças respiratórias, o número mais baixo desde o ano de 2019. Dessa forma, a pneumologista alerta para a fundamental compreensão da população sobre a gripe influenza, COVID-19 e vírus sincicial respiratório (VSR), doenças que são preveníveis por vacinas eficazes e seguras. Portanto, manter o calendário vacinal atualizado contribui efetivamente para uma melhor saúde respiratória.
A especialista também destaca uma série de comportamentos preventivos cruciais para evitar as doenças, são eles:
Uso de máscaras em ambientes fechados de alto risco;
Ventilação adequada dos espaços;
Cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
Higienização frequente das mãos são medidas eficazes;
Cuidado ao usar roupas e cobertores guardados. Lembre-se de lavá-los antes do uso para evitar o contato com mofo;
Manter-se fisicamente ativo e adotar hábitos alimentares saudáveis, fortalecendo o sistema imunológico e ajudando a prevenir essas doenças.
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